A modalidade praticada desde 1945 ainda enfrenta a falta de patrocínio
Agilidade e atenção são características evidentes no basquetebol para cadeirantes. Deficientes físicos em cadeiras adaptadas praticam sem nenhuma dificuldade o esporte e dão exemplo de vida nas quadras esportivas em todo país e até no exterior. São mais de 60 equipes espalhadas por todo o Brasil.
O esporte começou timidamente nos Estados Unidos em 1945, por ex-soldados paraplégicos do exército norte-americano em processo de reabilitação devido a 2° Guerra Mundial. Em 1958, através dos brasileiros Sérgio Del Grande e Robson Sampaio que se reabilitavam fora do país, a nova modalidade chegou no Brasil.
A quadra e a altura da tabela não são diferentes do Basquete convencional. Já as regras, que seguem as determinações da Federação Internacional de Basquete Amador possuem adaptações, pois a cada dois movimentos que impulsionam a cadeira, o jogador deve quicar a bola pelo menos uma vez.
Há também uma classificação em relação à pontuação de acordo com o grau de limitação físico-motora numa escala de 1 a 4,5, sendo que a maior pontuação são para os menos afetados e os pontos em quadra não devem passar de 14. Além disso, para que haja igualdade entre os atletas, a altura das cadeiras é igual.
O Grêmio Recreativo Independente de São Paulo “Águias da Cadeira de Rodas”, é uma das entidades sem fins lucrativos existente desde 1986, que assim como outras beneficia os atletas de forma psicológica e física. “O esporte só fica escondido por falta de divulgação. Sem patrocínio, não podemos ir em frente”, afirma o presidente e atleta do Águias, Rosinaldo Ferreira que joga há 15 anos.
No Brasil, a modalidade é administrada pela Confederação Brasileira de Basquetebol em Cadeira de Rodas (CBBC), mas o patrocínio e local dos treinos são problemas enfrentados pelo esporte. Muitas vezes os espaços oferecidos são destinados a outras finalidades sem aviso prévio, e as equipes ficam sem treinar, o que prejudica principalmente em épocas de competições.